Comentário no Blog: Solicita análise do Papel da Igreja ( em Grândola), entre outros dados históricos sobre 25 de Abril

Por merecer destaque...é destacado o seguinte comentário que recebemos:

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Assunto da Semana - As comemorações do 25 de Abril...":

Ao consultar o vosso site vejo que lançaram cinco temas para discução sobre o 25 de Abril.
Quero realçar o que foi o 25 de Abril lembrando alguns militares que nele participaram de alguma maneira de alguma maneira mas menos mediaticos para perceber o que aconteceu nesse dia. Os que vou citar tinham opções muito distintas, de como transformar o mundo.
Recordo o comandante Ramiro Correia já falecido. A última vez que me cruzei com ele, foi nos fins dos anos de 70. Era refugiado politico num País Africano. Digo que era um companheiro com muitas preocupações do rumo que levava o nosso país.
Major Arlindo, já falecido, refugiado politico num País Africano. A frustração, era terrivel nas palavras dele.
Capitão Fernandes, hoje membro da associação 25 de Abril. A última vez que me cruzei com ele, tinha muitas preocupações mas dizia que alguma coisa se salvou.
Cornel Varela Gomes, de dedo em risque, dizia que todos nós temos o dever de transmitir às gerações mais jovens o que foi preciso fazer para chegarmos até aqui, e continuarmos a viver com dignidade.
Sanches Osório, Jaime Neves como sabem defendiam a continuação da PIDE, com novas roupagens.
Furriel António Guerreiro, companheiro da coluna de Salgueiro Maia no Largo do Carmo, morreu levando a sau máxima: !"que os Homens e Mulheres com ideias devem ajudar a fazer a revolução". Morreu numa acção para concretizar o projecto em que acreditava no momento.
Menciono Salgueiro Maia para situar o seu comportamento no 25 de Novembro. Basta reler a história.
Como podemos ver, o 25 de Abril em Grândola é comumerado pelos vencedores de uma tendência dos que fizera o 25 de Abril; o poder em Grândola é gerido por um militar que vinha na coluna do Salgueiro Maia. Essa tedência sempre deu apoio ao liberalismo em que o mundo se transformou, em suma, num caos.
Eles fazem bem; nós é que temos culpa! Pois temos inquietações sociais, sempre fomos dando o palco aos vencedores de todo o processo, e eles pouco a pouco, vão fazendo esquecer. E esse é o seu papel! Mas todos nós temos o dever de não deixar branquear todo o processo de lutas suciais e festa solidária, voltarmos a cantar que a cantiga é também uma arma com o punho herguido.
Por tudo o transcrito sou dos que acreditam que o mundo será tranformado e haverá justiça social, faternidade e igualdade(não igualdade de oportunidades).
Faço um apelo para todos os Homens e Mulheres livres de Grândola no ano de 2010 e festejam o 25 de Abril da nossa gente.
Quero resalvar o nome do jornalista Adelino Gomes que vem ao debate no dia 23 de Abril no Auditorio Municipal, tenho muita consideração pelo qual.

P.S
Proposta:
-Discutir qual o papel da igreja (local);
-Discutir a sua tendência: teologia de libertação.

2 comentários:

  1. A "Revolução", entenda-se os tempos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, foi muito complicada.
    Querer agora levantar um pedestal aos "puros" e à "nossa gente" parece-me demasiado simplista e até perigoso.
    De facto houve militares que pretenderam que a PIDE não fosse dissolvida. Mas pense bem. Não se lembra que durante algum tempo a PIDE continuou a funcionar com outro nome nas colónias? Portanto não foram só esses dois militares que indicou que estiveram de acordo com a continuação dessa organização...
    No meu modesto entender, o mais grave foi alguns "puros" militares e militantes partidários pretenderem depois montar uma nova polícia política para eliminar os "reaccionários" mas também os "esquerdistas" e todos os que contestavam um certo modelo...
    Ou será que o amigo anónimo não sabe disso?
    Posso-lhe dar alguns pormenores.
    Agora sobre o papel da Igreja local não lhe poderei dar grande informação. E até duvido que a teologia da libertação tenha passado por aqui.
    Um abraço.

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  2. Ainda sobre o debate lançado no vosso site sobre o 25 de Abril
    José Horta
    permita-me tratá-lo por companheiro!
    Não foi por acaso que citei os diversos militares que de alguma forma tinham uma visão diferente entre si, à época do 25 de Abril: como íam tranforamar o mundo!
    Foi só isso! Todo o resto, companheiro José, eu já arrumei tudo no meu sotão!
    Quanto aos "puros e duros" a expressão é sua.
    Quanto à expressão nossa gente, eu só quero modestamente contribuir para que em Grândola surja uma ampla frente a partir da base que faça estilhaçar os interesses instalados! Companheiro, a sua corrente de opinião e outras organizadas diviam contribuir para isso. E não mais o 25 de Abril seja só comemorado e debatido pelos vencedores do 25 de Novembro há época que muito contribuiram para se intalar esta "democracia liberal" em que meio milhão e meio de pessoas vive bem num universo de dez milhões!

    Quanto temas jançados sobre o papel da igreja local, o companheiro anda na rua, fala com pessoas, por isso sabe que a igreja local hoje tem uma forma de estar diferente! E só por isso lancei os temas pois é na discussão faternal é que o mundo vai caminhando e transformando-se para o bem estar da humanidade com um abraço faterno.

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