O anúncio do lançamento do concurso público para a terceira ponte sobre o Tejo na última semana de Março foi revelado na Convenção Distrital Autárquica do PS Setúbal. Mário Lino assegurou que “será também lançado o concurso para a ligação TGV entre Lisboa e Poceirão”. O Ministro das Obras Públicas afirma que “nenhum governo fez tanto pelo distrito como este” e justifica com os projectos de investimento previstos para os próximos anos, como o TGV, a nova ponte, o aeroporto em Alcochete, a plataforma logística do Poceirão, os investimentos nos portos de Setúbal e Sines, o Metro Sul do Tejo e o IP8 entre Sines e Beja.
O congresso ficou marcado pelas críticas às políticas do PCP, em especial à saída prematura de Carlos Sousa do município de Setúbal e à desvinculação de Manuel Coelho por divergências com o partido. Vieira da Silva, ministro do Trabalho, considera mesmo que “o presidente da câmara de Sines foi empurrado por estar de acordo com as políticas do governo”. Os executivos comunistas foram, na generalidade, alvo da contestação socialista. Vítor Ramalho, presidente da federação distrital, denuncia que “em Santiago do Cacém há um bunker político” e que “nos concelhos do PCP não há qualidade de vida”. Vieira da Silva diz que “os comunistas têm uma visão contra o progresso, estreita, curta e rasteira”, responsável pela construção de “uma trincheira de atraso”.
O presidente da Junta de Freguesia de Coina, Juvenal Silvestre, aponta o PCP como responsável pelo seu “sofrimento de todos os dias”. O “falso orçamento participativo dos comunistas” foi criticado por Paulo Pedroso, candidato à presidência da Câmara Municipal de Almada, que afirmou que “existem macaqueações, um faz de conta, pois o que vai acontecer já está decidido”. A candidata PS à câmara setubalense, Teresa Almeida, aproveitou para lançar o desafio à autarquia sadina para “divulgar os documentos sobre a revisão do plano director municipal, para que a participação seja efectiva”. A arquitecta não quer que “aconteça o mesmo que aconteceu com o Polis”. O deputado europeu Joel Hasse Ferreira reconhece a necessidade de mudança para Setúbal e ironiza que “a cidade não merece as “dores” que sofre”.
As políticas do PS para as autárquicas passam, na óptica de Miranda Calha por “uma mudança de rumo com a marca socialista”, um “aprofundar do poder local, dos valores e referências, a criação de emprego e riqueza, a qualificação urbana e ambiental”. “É preciso governar para e com as pessoas”, apela o secretário nacional para as autarquias. Vieira da Silva destaca a visão estratégica dos socialistas para o distrito, baseada “numa nova centralidade, na coesão territorial, industrial e social, na aposta no turismo, na modernidade e no desenvolvimento”. O docente universitário José Manuel Palma afirma que “este desenvolvimento tem de ser sustentável” e deve estar “assente em três vectores, o ambiente, a sociedade e a economia”.
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