Mais um artigo de Alva Madruga
Urbanismo vs. Construção Civil
O objectivo da existência do pelouro do urbanismo em qualquer câmara municipal é o de garantir que o território esteja organizado e urbanizado em função do interesse colectivo dos cidadãos, do seu bem-estar e da sua qualidade de vida. É esse o dever dos autarcas eleitos.
Acontece frequentemente que o planeamento municipal não é realizado em função dos interesses dos cidadãos mas dos interesses da especulação imobiliária ou de outros tipos de interesses particulares ou corporativos.
Os planos directores municipais, que deveriam ser concebidos e elaborados enquanto instrumentos geradores de qualidade de vida para os cidadãos, acabam por funcionar como a forma de valorizar ou de desvalorizar terrenos.
São planos pensados em detrimento dos mais nobres pressupostos, que visam permitir a construção para determinados promotores, etc, etc. Isto é, aquilo que normalmente chamamos planos directores municipais não são, na maioria dos casos, mais do que a gestão de bolsas de terrenos. Na maior parte das vezes, interesses privados são assumidos como sendo públicos.
Existe em tudo isto, uma intenção perversa que tem a ver com os interesses de determinado grupo que mantém um relacionamento muito proveitoso e conveniente com os políticos no poder.
A coisa funciona assim: certos terrenos com pouco valor por não terem qualquer viabilidade construtiva, quando mudam para as mãos de determinados promotores imobiliários, são alterados os planos directores municipais, de forma a incluir esses mesmos terrenos em áreas urbanizáveis. Seguindo-se a isto um processo de licenciamento totalmente facilitado. É assim que alguns poderosos conseguem fazer com que, num terreno onde nada se podia construir, possa passar a construir-se seja o que for.
Alva Madruga
A srª alva tem razão.
ResponderExcluirPois é , vivemos pelos vistos num país de corruptos. Na maioria dos casos e provavelmente onde a sra. vive, essa deve ser a pratica . Dissertar sobre desonestidade parece-lhe fácil. A srª. deve conhecer essa questão de bem perto.
Sabe porque me sinto neste aspecto um Grândolense feliz ?
Porque por cá não há disso!E caso apareça algum astuto com ideias, penso que muito obviamente se queimará.
Obrigado pelo aviso, e boa sorte por lá onde vive. Olhe, tente ajudar por aí. Nós por cá estamos servidos.
Obrigado mais uma vez, e Hasta nunca...
De facto os planos, os diversos planos, cuja responsablidade de execução é das câmaras municipais, deveriam ser instrumentos de gestâo do território, tendo como fim último uma correcta utilização do solo, para que o benefício colectivo daí advindo seja potenciado. Deveriam ser entendidos, porque de facto o são, instrumentos de exercício de poderes públicos, nesta importante área que é o urbanismo, a fim de salvaguardar interesses da sociedade em geral e não de alguns em particular. Corporizando poderes públicos, mesmo que a lei o permita e quanto a mim mal, nunca deveriam ser executados por privados. O que pensar de uma câmara que de tal forma está habituada a que os promotores imobilários lhe façam o seu trabalho, que até os planos de urbanização, como é o caso da freguesia de Melides, lhes entrega em mãos?
ResponderExcluirO que mais entregará a privados? Tudo aquilo que deveria fazer e que espera que por si façam, ou aquilo que nunca nem por ninguém deveria ser feito?...
Solicitamos ao autor do último comentário que concretize a afirmação de que a Junta de Freguesia de Melides entregou a promotores imobiliários o plano de Urbanização.
ResponderExcluirÉ público ser um dos promotores imobiliários da freguesia de Melides a custear o plano de urbanização. E isso até nem é ilegal. O que está em causa é a submissão do interesse público ao interesse privado que isso pode implicar.
ResponderExcluirOs meus parabéns a ALVA MARUGA.
ResponderExcluirO texto é curto e explica claramente como se têm feito fortunas graças à reclassificação dos terrenos (feita em sede de revisão do Plano Director Municipal).
Acho extraordinário é que quando alguém explica as maroscas logo apareça quem diga que as corrupções só existem na terra dos outros.
Será que em Grândola o Pelouro do Urbanismo, os Serviços do Urbanismo da Câmara sempre foram um modelo de VIRTUDE?
O pior cego é aquele que não quer ver... Talvez para ser um Grandolense Feliz!
José Horta
A minuta de contrato de prestação de serviços a favor de terceiros relativo às condições de execução e pagamento do plano urbanização de melides encontra-se disponível na net e pesquisando no google por "plano urbanização melides assembleia municipal grândola" é a segunda entrada.
ResponderExcluirAcho interessante ao comentário das 19.31,quando diz que os casos de que fala Alva Madruga ,não se passam por cá,até parece que o vereador de urbanismo e actual Vice-Presidente,não tem uma empresa de construção Civil,e um gabinete de projectos,ou isto tambem será mentira,o que acho ainda mais estranho é que todos os outros gabinetes estão todos calados,como se isto fosse normal.
ResponderExcluirO silêncio dos diversos gabinetes de projectos relativamente ao caso da "dupla personalidade" do Vereador do Pelouro do Urbanismo verdadeiramente não me espanta.
ResponderExcluirEm Portugal, e claro na nossa terra, subsiste a mentalidade de que é melhor não levantar ondas para não se ser prejudicado.
Afinal estão todos no mesmo ramo e o vereador tem o poder de decisão.
Agora o que me espanta e me indigna é o silêncio da Oposição.
Andarão distraídos? ou se estivessem no poder fariam igual?
Qualquer das hipóteses é grave porque este caso caso de promiscuidade não deveria de existir na nossa Câmara.
"À mulher de César não basta ser séria. Tem que parecê-lo!"
Um vereador pode ser a pessoa mais séria e mais honesta deste mundo, mas nunca deve ter interesses pessoais na área que tutela. No presente, no passado e até no futuro.
Para que não se possa vir a dizer que "esteve no lugar para se encher"...
Para que não haja suspeitas....
Para que não faça concorrência desleal aos seu pares ( neste caso: projectistas, construtores civis, agentes imobiliários)
Não será assim?
José Horta
Quem lhe dói o dente vai ao dentista.
ResponderExcluirNão entendo o silêncio dos "injustiçados". É que já faz anos que a liberdade de expressão, opinião, e acção estão instituídas. Qualquer cidadão pode e deve própria colocar frontalmente duvidas, questões,reivindicações,em sede própria. Porque não se apresentam os "doentes" ? Medo? com certeza nem dos lobos, quanto mais do que tentam lhe vestir a pele.Não discordando do Sr. Horta, mas ainda gostaria de ver em Assembleia Municipal, no tempo que legalmente é colocado á disposição do público ver esclarecido este clima de suspeita que vergonhosamente vai pairando sobre o Vereador do urbanismo.
Foi um erro Dr. Beato. Um grande erro.
Então se foi erro do Dr. Beato colocar o Eng. Cordeiro como vereador do pelouro do urbanismo só há um caminho: retirar-lhe o pelouro.
ResponderExcluirMas a grande questão é mesmo essa é que ele sem esse pelouro provavelmente não aceitaria ser vereador,mas mesmo não sendo vereador de urbanismo e estando com outro pelouro independente de qual fosse é óbvio que tentaria mover as suas influências.
ResponderExcluirIsto é que é conversa á Grande Portuguesa.
ResponderExcluirÉ a historia das duas ameijoas que sobram , uma pequena e uma grande ! Qual tirais? A pequena? Então ficaríamos na mesma , a grande sobraria sempre ...
Ou ainda a história do preso por ter cão ...
Mas afinal quem presta nesta Terra da Fraternidade ?
Comentador que acha que não vale mesmo a pena identificar-se.
Boas.
Para desfazer dúvidas sobre este assunto precisávamos de alguns dados que só a Câmara poderá fornecer.
ResponderExcluirPor exemplo: QUAL A PERCENTAGEM DE PROJECTOS ENTRADOS NA C.M.G. QUE TEM O CARIMBO DA FIRMA A.CORDEIRO?
Se o DR. CARLOS BEATO tivesse a coragem de apresentar os números tudo ficaria mais claro.
Não se percebe como ninguem faz nada para parar a corrupçao actual, como é possivel alguem estar a frente de uma secção publica e ter empresas privadas dentro da mesma actividade que gere na area publica? Será isto possivel?
ResponderExcluir(retirada a última frase, em virtude das regras em vigor, quanto a comentários anónimos)
E, quem e o responsavel da revisao do PDM?
ResponderExcluirResposta à questão do JC.
ResponderExcluirOs PDMs são revistos por iniciativa do executivo (Câmaras Municipais) sujeitos a inquerito público e aprovação das Assembleias Municipais.
Em Grândola o PDM vai ser revisto baseado em estudos da OA, uma empresa PCP, que sempre trabalhou para as Câmaras da respectiva côr e claro também fez o PDM de Grândola.
ResponderExcluirPessoalmente estou muito curioso com o sentido do voto da oposição CDU, quando fôr a votação na Assembleia Municipal.
Ah! é verdade: os estudos vão ser pagos pelos investidores locais.
Claro que não vai haver favorzinhos a ninguém.
Desimaginem-se aqueles que andam a comprar terrenos nas imediações da vila.
Mesmo que paguem o estudo, concerteza que o Novo Ciclo não lhes vai facilitar a vidinha.
Porque é tudo gente séria!
Não é verdade comandante?
Mais uma vez os promotores a pagarem. Independência não é conceito muito caro a esta Câmara. Haja quem pague que a Câmara aceita. E com se diz no último post, claro que o município em nada vai ficar condicionado... Os outros pagam, mas é para não terem razão...
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